17 de julho de 2010

UMA INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS REIS

Tiago Abdalla T. Neto



Apesar de dividido em duas partes pelos tradutores da LXX (Septuaginta) e ser tal divisão mantida pela tradição da Vulgata, o livro dos Reis era, originalmente, uma única obra literária, conhecida como !ykil;m] (m+l*k'm – “reis”). Tal título hebraico é completamente apropriado, desde que o livro se propõe a narrar e interpretar as histórias dos reis de Israel e Judá, desde a época de Salomão até a queda final da monarquia judaica diante dos babilônios, em 586 a.C.

A divisão introduzida na versão grega, muito provavelmente, se deu porque o texto grego vocalizado ocupava um espaço consideravelmente maior do que o texto hebraico não pontuado. A primeira separação do texto hebraico de Reis, seguindo a LXX e a Vulgata, ocorreu num manuscrito da metade do século XV, em 1448 A.D. Esta divisão entre 1 e 2 Reis se mostra bem superficial e arbitrária, desde que a narrativa do reinado de Acazias, com o qual 1 Reis termina, continua no primeiro capítulo de 2 Reis. Da mesma forma, a história do ministério de Elias e do período de aliança entre os reinos de Israel e Judá percorrem, de modo ininterrupto, os dois livros de Reis.

Tanto a Bíblia grega quanto a latina consideravam os livros de Samuel e Reis como uma história contínua, dividida por conveniência em quatro seções. Por isso, 1 e 2 Reis foram chamados de “3 e 4 do Reinos” pela LXX e de “3 e 4 dos Reis” pela Vulgata.

Neste artigo, serão desenvolvidos alguns aspectos que abrangem o argumento do livro de Reis, a fim de proporcionar uma  melhor compreensão da obra e, deste modo, lançar as bases necessárias para a exegese adequada de textos específicos.

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