3 de janeiro de 2011

UMA INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE JOÃO

Marcelo Berti



O teste do tempo deu ao Quarto Evangelho a supremacia entre todos os livros do mundo. Se o Evangelho de Lucas é o mais bonito, o Evangelho de João é supremo em sua altura e profundidade e alcance do pensamento. A imagem de Cristo apresentada aqui é única e conquistou a mente e o coração da humanidade (...) Aqui encontramos o Coração de Cristo.

O evangelho de João é certamente um evangelho cercado por louvores e A.T. Robertson (1863-1934) não está equivocado ao dizer que esse evangelho é o mais supremo em sua profundidade de pensamento. Não podemos negar que no Evangelho de João que podemos perceber com clareza as características mais aprofundadas do caráter de Cristo. Sidlow Baxter (1903-1999) também reconhece o valor que esse evangelho e tem e se pergunta: “Existe em qualquer parte uma combinação mais singular de infinita profundidade e simplicidade verbal? Já houve um assunto mais sublime e mais habilmente interpretado?”. Mas, ele ainda vai além e diz que nesse evangelho não apenas conhecemos a Cristo, mas conhecemos o próprio coração de Deus:

A sua preciosidade ímpar está naturalmente em suas revelações divinas e valores espiriturais. Sobre os seus portais brilha a inscrição: “Ninguém jamais viu a Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou (Jo.1.18). A forma do verbo em grego, traduzida como revelou é exegesato, da qual vem a nossa palavra exegese. Significa que no Jesus visível o Deus invisível é revelado. DEUS, o conceito incompreensível, é explicado objetivamente diante de nós. O próprio coração do Eterno é revelado, pois o Filho Unigênito vem do seio do Pai”.

Contudo, não podemos também nos esquecer que esse evangelho é cercado por críticas, e A.T. Robertson está correto quando nos lembra que “não é possível para um crente em Jesus Cristo como Filho de Deus ser indiferente a moderna visão crítica sobre a autoria e valor histórico do Santo entre os Santos do Novo Testamento”. Por um lado, temos um aprofundado e detalhado relato sobre Cristo, por outro, as dificuldades Teológicas que o cercam são tantas que eventualmente sua beleza é acobertada pelos desafios relacionados à natureza, integridade e credibilidade desse evangelho.

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