25 de junho de 2010

“ELIMINAREI COMPLETAMENTE A MEMÓRIA DE AMALEQUE DEBAIXO DOS CÉUS”

Análise Exegética de Êxodo 17.8-16
Tiago Abdalla T. Neto




A narrativa de Êxodo 17.8-16, dentro do contexto do livro, tem como propósito demonstrar a suficiência de Yahweh no cuidado e preservação de seu povo durante a peregrinação no deserto. As seções anteriores, desde Êxodo 15.22, apresentam a fidelidade e capacidade sobrenaturais de Yahweh para suprir as necessidades de Israel. Em momentos que as águas são amargas para se beber ou não há nenhuma água, Deus transforma o estado delas ou as provê sobrenaturalmente (Êx 15.22-16; 17.1-7). Quando falta alimento, Deus supre, miraculosamente, o maná e codornizes (Êx 16.1-36).  Constantemente, o narrador mostra a fidelidade de Deus em contraste com a murmuração do povo.
A peculiaridade do texto em análise é que, em lugar de haver uma murmuração interna, há um ataque externo por parte dos amalequitas, porém, uma vez mais, Yahweh evidencia sua capacidade sobrenatural na preservação de Israel. O nome Josué (vv. 9, 10, 13-14), “Yahweh salva”, além de introduzir tal personagem na narrativa do Êxodo, sugere, também, a intenção do autor em reforçar a presença salvadora de Yahweh. Outra expressão que destaca essa ênfase é a menção da “vara de Deus” nas mãos de Moisés, a qual define a vitória israelita na batalha, não por seu poder intrínseco, mas por causa daquele a quem ela representa (vv. 9-12, 15).
Paul House destacou, ainda, que a narrativa da vitória sobre os amalequitas é complementar a de Êxodo 14, no sentido de mostrar o quão universal é o poder de Yahweh para lutar contra os inimigos de Israel. A questão é se o Deus de Israel está limitado a uma região geográfica ou a condições em que haja bastante água, em contraste com o deserto. Em Refidim, Yahweh mostra sua supremacia para lutar contra os adversários de Israel, em qualquer lugar ou condição climática.


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